Não sei quanto tempo passou desde que te vi pela última vez, encontro-me sozinha e sinto a tua falta, revejo-me no sentimento egoísta que me preenche. Como explicar esta mente obviamente descontrolada que faz parte de mim? Como dizer-te que nem eu sei porque fiz o que fiz (Há meses? Anos? O tempo anda descontrolado, e eu acho que não desejo controlar, nunca mais), porque me magoei a mim e a ti, porque te quero cada dia mais que o anterior. Como explicar-me sem parecer absolutamente superficial, infantil...
Não aguento mais olhar para ti sabendo que fui eu quem cometeu erros imperdoáveis, alguns de que nem tens conhecimento, como explicar algo a alguém se eu própria não sei, porque fiz o que fiz, como me arrependi cada dia que passou?
Agora perdi-te, quero-te de volta, odeio-me e não percebo porque não me odeias tu também – ou será que odeias mas és demasiado simpático para mo dizer? Não sinto que tenha o direito de falar contigo, de estar contigo, de pensar sequer em ti de outra forma senão amigo, mas como não o fazer, quando olho para ti e só consigo pensar em tudo o que sempre gostei em ti? Esse sorriso meio escondido, o teu olhar concentrado nas banais pedras da calçada, a maneira como aprecias silenciosamente o que cada pessoa diz sem expressão absolutamente nenhuma, sem julgar ninguém à partida, espero um dia conseguir ver através de ti.
Não sei, o que te tornará tão diferente de tantos outros? Porque me encontro a comparar todos os outros contigo? Porque acabo por recuar tantas vezes ao lembrar-me de ti? E mais uma vez, porque terei eu feito o que fiz, porque te afastei e me virei de costas para ti, porque não te agarrei e beijei ainda com mais força?? (sim, naquele dia em que chovia e parámos para esperar que parasse, naquele dia em que te deixei ir embora e ficava nem eu sei porquê, ou com quem)
Senti-me como se não fosse eu, e estivesse apenas a ver um filme em que por acaso era uma das personagens, como explicar que se fosse eu... Não teria feito aquilo, não teria desperdiçado o que tinha – E tinha tanto. Dizem que só nos damos conta do que temos, quando perdemos. Não sei se alguma vez te tive, mas agora tens-me a mim. Mas não o sabes, não o imaginas, não poderás saber.
Vejo isto como um castigo para mim própria, finalmente punida, finalmente a sofrer por causar sofrimento aos outros. Não foste o primeiro a quem magoei. Mas foste o único que desejei não ter rejeitado, magoado. Que desejo tão intensamente ter de volta.
Como explicar como me senti quando me pegaste na mão naquela noite? Como me apertaste, o que isso significou apesar de tudo o que fiz depois? Toda aquela noite, terá sido tão especial assim para ti? «Será que me estou a envolver demais, não pode ser», não podia ser, foi aí que resolvi pôr um ponto final, «isto não pode estar a acontecer comigo», apareceu de novo o medo. O medo que governa a minha vida quer eu queira quer não. Tive medo de me magoar, de te magoar a ti, de... Não sei mais de quê, lembro-me de inventar desculpas a mim própria, razões para te deixar. «Moramos em sítios diferentes, vemo-nos pouco». Pronto. Assunto encerrado, não podíamos continuar naquilo.
E agora olho para trás e vejo quão ridícula fui, quando estava contigo as semanas passavam a correr, lembro-me de me mandares uma mensagem(tantas, mas aquela em particular), como me senti, como quis que chegasse rapidamente o fim-de-semana, como ele chegou tão vagarosamente – e de repente apercebo-me que se pensasse bem no assunto, não encontraria nenhuma razão para te deixar senão a óbvia, que só agora admito: Medo, muito medo. Do que estava a começar a sentir por ti. O que sinto agora. O que quer que seja.
Gostava de conseguir chegar perto de ti e pedir-te mais uma oportunidade. Não consigo, era capaz de ficar horas a olhar para ti, só de saber que estás perto de mim encontro-me a sorrir. Mas tenho medo, outra vez, desta vez tenho medo que me rejeites. Tenho medo de tanta coisa... Será que se desta vez esquecer os meus medos te vou ter perto de mim?
Sim, talvez seja essa a solução. Por enquanto decidi levar tudo com calma – Tal como levei tudo com calma quando te conheci, um passo de cada vez, tentando conquistar-te aos poucos.
Tenho obviamente medo de encontrar alguém que me faça voltar atrás com tudo o que sinto por ti, que faça com que eu te veja de maneira diferente. Tenho medo de te tratar abaixo do que mereces. Medo de ser eu de novo. Tenho muito medo de ti.
Mas e se me lançar de cabeça... Ao menos não penso mais nisso se não me quiseres mais eu entendo e deixo-te em paz, definharei, não interessa, simplesmente será algo para além de viver nesta confusão de sentimentos que não compreendo.
Escrevi este texto sobre alguém que já significou muito p'ra mim... Mesmo que ele nunca tenha sabido isso, mesmo que eu só tarde demais tenha admitido isso a mim pprópria.
Cerca de duas semanas após eu o ter escrito, o que eu vi como a minha segunda oportunidade com ele chegou - eu "lancei-me de cabeça", ele usou-me e deitou-me fora - só aí percebei quão estúpida fui, quão iludida estava.
Na altura fiz uma promessa secreta de nunca mais deixar que as coisas chegassem a este ponto, mas mais tarde percebi - Ele não merece o que quer que seja, não chega já o que ele me fez, ainda lhe vou dar a satisfação de nunca mais ser feliz? Quem é que ele acha que é?
Nada, ninguém merece que se sacrifique algo tão importante como a felicidade, a alegria de viver, o sentimento de paixão - que é fantástico, nos faz sentir vivos.
E sim, um dia hei-de sentir tudo isso pela pessoa certa. Infelizmente, ainda não aconteceu. Mas um dia...
Não aguento mais olhar para ti sabendo que fui eu quem cometeu erros imperdoáveis, alguns de que nem tens conhecimento, como explicar algo a alguém se eu própria não sei, porque fiz o que fiz, como me arrependi cada dia que passou?
Agora perdi-te, quero-te de volta, odeio-me e não percebo porque não me odeias tu também – ou será que odeias mas és demasiado simpático para mo dizer? Não sinto que tenha o direito de falar contigo, de estar contigo, de pensar sequer em ti de outra forma senão amigo, mas como não o fazer, quando olho para ti e só consigo pensar em tudo o que sempre gostei em ti? Esse sorriso meio escondido, o teu olhar concentrado nas banais pedras da calçada, a maneira como aprecias silenciosamente o que cada pessoa diz sem expressão absolutamente nenhuma, sem julgar ninguém à partida, espero um dia conseguir ver através de ti.
Não sei, o que te tornará tão diferente de tantos outros? Porque me encontro a comparar todos os outros contigo? Porque acabo por recuar tantas vezes ao lembrar-me de ti? E mais uma vez, porque terei eu feito o que fiz, porque te afastei e me virei de costas para ti, porque não te agarrei e beijei ainda com mais força?? (sim, naquele dia em que chovia e parámos para esperar que parasse, naquele dia em que te deixei ir embora e ficava nem eu sei porquê, ou com quem)
Senti-me como se não fosse eu, e estivesse apenas a ver um filme em que por acaso era uma das personagens, como explicar que se fosse eu... Não teria feito aquilo, não teria desperdiçado o que tinha – E tinha tanto. Dizem que só nos damos conta do que temos, quando perdemos. Não sei se alguma vez te tive, mas agora tens-me a mim. Mas não o sabes, não o imaginas, não poderás saber.
Vejo isto como um castigo para mim própria, finalmente punida, finalmente a sofrer por causar sofrimento aos outros. Não foste o primeiro a quem magoei. Mas foste o único que desejei não ter rejeitado, magoado. Que desejo tão intensamente ter de volta.
Como explicar como me senti quando me pegaste na mão naquela noite? Como me apertaste, o que isso significou apesar de tudo o que fiz depois? Toda aquela noite, terá sido tão especial assim para ti? «Será que me estou a envolver demais, não pode ser», não podia ser, foi aí que resolvi pôr um ponto final, «isto não pode estar a acontecer comigo», apareceu de novo o medo. O medo que governa a minha vida quer eu queira quer não. Tive medo de me magoar, de te magoar a ti, de... Não sei mais de quê, lembro-me de inventar desculpas a mim própria, razões para te deixar. «Moramos em sítios diferentes, vemo-nos pouco». Pronto. Assunto encerrado, não podíamos continuar naquilo.
E agora olho para trás e vejo quão ridícula fui, quando estava contigo as semanas passavam a correr, lembro-me de me mandares uma mensagem(tantas, mas aquela em particular), como me senti, como quis que chegasse rapidamente o fim-de-semana, como ele chegou tão vagarosamente – e de repente apercebo-me que se pensasse bem no assunto, não encontraria nenhuma razão para te deixar senão a óbvia, que só agora admito: Medo, muito medo. Do que estava a começar a sentir por ti. O que sinto agora. O que quer que seja.
Gostava de conseguir chegar perto de ti e pedir-te mais uma oportunidade. Não consigo, era capaz de ficar horas a olhar para ti, só de saber que estás perto de mim encontro-me a sorrir. Mas tenho medo, outra vez, desta vez tenho medo que me rejeites. Tenho medo de tanta coisa... Será que se desta vez esquecer os meus medos te vou ter perto de mim?
Sim, talvez seja essa a solução. Por enquanto decidi levar tudo com calma – Tal como levei tudo com calma quando te conheci, um passo de cada vez, tentando conquistar-te aos poucos.
Tenho obviamente medo de encontrar alguém que me faça voltar atrás com tudo o que sinto por ti, que faça com que eu te veja de maneira diferente. Tenho medo de te tratar abaixo do que mereces. Medo de ser eu de novo. Tenho muito medo de ti.
Mas e se me lançar de cabeça... Ao menos não penso mais nisso se não me quiseres mais eu entendo e deixo-te em paz, definharei, não interessa, simplesmente será algo para além de viver nesta confusão de sentimentos que não compreendo.
Escrevi este texto sobre alguém que já significou muito p'ra mim... Mesmo que ele nunca tenha sabido isso, mesmo que eu só tarde demais tenha admitido isso a mim pprópria.
Cerca de duas semanas após eu o ter escrito, o que eu vi como a minha segunda oportunidade com ele chegou - eu "lancei-me de cabeça", ele usou-me e deitou-me fora - só aí percebei quão estúpida fui, quão iludida estava.
Na altura fiz uma promessa secreta de nunca mais deixar que as coisas chegassem a este ponto, mas mais tarde percebi - Ele não merece o que quer que seja, não chega já o que ele me fez, ainda lhe vou dar a satisfação de nunca mais ser feliz? Quem é que ele acha que é?
Nada, ninguém merece que se sacrifique algo tão importante como a felicidade, a alegria de viver, o sentimento de paixão - que é fantástico, nos faz sentir vivos.
E sim, um dia hei-de sentir tudo isso pela pessoa certa. Infelizmente, ainda não aconteceu. Mas um dia...
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