Prende-me os braços, as pernas, o pescoço, deixa que me canse de olhar para ti, diz-me tudo o que tens a dizer e que chore à tua frente, dias e noites, deixa também que te diga o que me vai na alma, sem poder fugir, sem desculpas vãs ou barreiras mais e menos frágeis... Deixa que te grite e te insulte e espanca-me o coração de mármore... Não sei quem és, não tens face - mas isso não é importante - aproxima só de mim o teu peito firme, quente, para que deslize o meu nariz pelo tecido suave da tua camisola, e sorria enfim. Deixa que um dia me liberte... Prometo que um dia deixarei de ser este Eu.
Filmes de 2010 (III) - Shutter Island
Há 14 anos
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