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Indiferente... É algo que não faz exactamente parte da minha pessoa... Talvez da que eu gostava tão em demasia de ser. Mas é muito raro conseguir. Mostrar? Iludir? Talvez. Agora, a ti, já nem isso. Ainda tento, inexplicavelmente...
Indiferente...
Como explicar o aperto no estômago que senti hoje de manhã, ou a total ausência de atenção para o que quer que seja, ou as reviravoltas que a minha mente não deu para o futuro, para o passado, para o presente, o que decidi e o que não decidi, o que seria melhor e pior... Como reagir? Perguntei-me a mim própria. Respondo, não sei... Ao começarmos tudo isto a única certeza que tivemos terá sido quase sempre a ausência de certezas... E como isso soube (tem sabido!)bem... Mesmo do lado mais masoquista da coisa...
Tenho me dado conta de muita coisa em relação a esta nossa primeira pessoa do plural, ultimamente... (Tal como tu, provavelmente) Mas assusta-me muito saber que sei, admiti-lo assim sem grandes reservas, sem máscaras, ironias, brincadeiras... Temos algo, apesar de não o querermos dizer com palavras já predefinidas, no fundo achamo-nos tão especiais que temos direito este «algo» só nosso:P
Indiferente?
Nunca o foste para mim, talvez por isso não o consiga ser na totalidade em relação a ti, neste momento, ou provavelmente em qualquer um, por muito que quisesse. E queria, quero ainda, quis hoje sê-lo e tentei - Fracasso total, já se vê. Queria conseguir tratar-te de maneira diferente, queria afastar-te agora e não me magoar nem a ti com tudo isso. Mas para quê, porquê? O mal (ou o bem... Quem sabe) já está feito... Já fui gostando de ti, habituando-me à tua presença de várias maneiras, na minha vida, em que entraste sem avisar! Quer goste de todas estas lamchices e da tua constante pessoa tão fazendo-se notar em quase todas as situações, quer não...
Indiferente? No fundo, nunca. (Mas queria, tanto, conseguir sê-lo...! - Mesmo que só ao telefone... Era pedir muito?)
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