terça-feira, 29 de agosto de 2006

Estado de alma: Sem saber explicar

Fazes-me falta. Mas de uma forma estranha, nem sei explicar muito bem qual...
Sinto por vezes um formigueiro na cintura, nas mãos, nos ombros, como se sentisse ainda o teu toque já ausente, como se faltasse ali uma mão tua para me proteger, para eu me sentir totalmente segura.
Só me sinto bem quando estou contigo. Longe de ti, nem em relação a nós estou calma. Tudo me inquieta, tudo me tira o sono, quero dormir e tu não me deixas, e tu dormes algures sem mim. Analiso cada fala, cada comportamento teu à procura de algo que esteja errado.
Dentro de mim trava-se uma luta constante entre o meu pensamento lógico - que não viu até agora nada de errado ou de alarmante em ti, que me dá permissão para sorrir, para descansar, para recomeçar a ser feliz - e entre a minha parte fragilizada, que leva a minha imaginação a sítios que eu nem sabia existir, que me proíbe terminantemente de baixar as defesas por um momento, de relaxar, de encarar a mera possibilidade de... Em suma, do que quer que seja. Qualquer possibilidade, de todo.
Fazes-me tanta falta!, e eu pergunto-me se devia, se devias..... Se talvez não devesse ser fria e distante, por ti, por mim... Infelizmente, sobretudo por mim. Mas dia após dia, vou pensando menos em mim e mais em ti, atrevendo-me por vezes a pensar em nós.
Há algo em mim que sucumbe cada vez mais vezes a esses teus tantos atractivos quase imperceptíveis à primeira vista, ao teu olhar, aos teus abraços fortes, à tua masculinidade :P, a ti que me encantas (tanto!).
Continuo com medo de ti. Mas um medo quase agradável, que desaparece quando estou contigo, mal te vejo à distância. Não quero saber o que é, não quero iludir-me a mim ou a ti - Mas é um facto que estou sempre bem quando estou contigo. Que me fazes querer mais e mais disto que temos vivido, que o tempo pare. Ou que volte para trás, para poder reviver uma e outra vez o que passámos juntos.
Mas não me quero (não me posso) deixar levar por isto tudo que me fazes sentir. Quero ir com calma, com racionalidade, mas será que sou capaz? (Será que quero mesmo?) Ou trata-se apenas de uma questão de segurança? E se eu esquecer a segurança e me lançar, será que me agarras? O problema... É que duvido que consiga algum dia pedir-to... "Agarra-me esta noite..." Talvez, talvez...

Sem comentários: