quinta-feira, 23 de março de 2006

Pontos de viragem

As ondas que desgastam as rochas, violentamente. O luar que treme, inseguro, brilhante. Ilumina parcialmente o teu rosto, uma sombra crescente na tua face. Ombros em que me apoio. Sem querer. Ou querendo muito mais do que isso. O meu dedo nos teus lábios, seguindo as suas curvas, as suas imperfeições. Seguindo a curva do teu nariz. (O meu olhar, o teu) Tudo fica por dizer. Sempre. Pensamos demasiado. Sem querer. A noite que nos engole. Que nos trai. A noite que troça da inocência que já não nos lembramos de ter. Eu e tu. Sem querermos. Ou por querermos muito mais.

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