quarta-feira, 7 de dezembro de 2005

Pois é.. Isto era o que me apetecia hoje

Tirada por mim... Na «Paz de Taizé», no verão de 2004
Quero sentir areia fina debaixo dos meus pés,
Água escorregando pelas palmas das minhas mãos, por todo o meu corpo.
Sentir o sol na minha face,
Sentir a chuva nos meus cabelos,
Quero que o vento me fustigue as bochechas rosadas
(e há-de sussurrar«hei de estar sempre aqui»)
Saltar de uma falésia só para conseguir sentir o coração parar de bater de tão descompassado,
Quero sentir o teu perfume!
Beijar os teus ombros nús,
Passar a minha língua pelo teu pescoço,
Despir-te das saudades que deixaste em mim
Atar-te à minha cintura para que não caias mais nem me deixes a mim desamparada
Quero rir como se por alguma razão descobrisse que a perfeição está nas flores, no fogo, na tempestade,
Manter essa chama por ti que foi esmorecendo
E a ti!, a ti afagar-te tão suavemente que continuarás a dormir sorrindo feliz, embrenhado nesse mundo mágico que é o sonho,
Olhar-te e para sempre não te tocar,
Deixar-te estar no teu canto,
Esse em que tantas vezes nos amámos como se o dia não tivesse fim
Quero chegar ao fim do dia e saber que haverá mais como este
Quero puxar os cobertores para o lado e dormir despida comos e fosse outra noite quente de Verão, enquanto olho pela janela o céu sem estrelas.
Um céu enorme, vazio, imenso, como o mundo que espera por mim.

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