Devagar, aproxima-te de mim. Fala baixinho, murmura palavras apenas perceptíveis por mim. Conta-me de que gostas, o que queres, o que gostavas de ser quando eras pequeno, conta-me algo que nunca contaste a ninguém. Com a tua mão calejada afasta a madeixa de cabelo que me cai constantemente para os olhos, com um meio-sorriso amaldiçoa a minha maneira de ser, a minha existência. Diz que gostas de mim pelo que sou, pelo que te mostrei tão genuinamente que sou. Deixa que eu finja que durmo enquanto olhas pela janela e recordas o que vivemos juntos. Aconchega-me a roupa da cama e beija-me na testa, sem ruído sai e finge que não sabes que estive acordada o tempo todo. Diz-me que não me queres - mas deseja os meus beijos, o meu corpo, refere constantemente como não te agrado mas exibe-me discretamente aos teus amigos. Toma conta de mim. Ama-me! Finge que não, mas... Ama-me.
Filmes de 2010 (III) - Shutter Island
Há 14 anos
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