Precisei tanto de ti. Outros braços, outra boca, outros olhos, mas não os teus, nunca os teus. Outra noite, mais uma, outra a seguir, mas nunca olhaste, esperei mas nunca ligaste, nunca vieste e eu, eu deixei-me ficar. Chamei-te mas não ouviste. E agora? Será que és tu que me chamas, com a rouquidão típica de quem nunca teve necessidade de chamar alguém? Será que é o meu nome que gritas? Ou será que é isso que a mim me parece, que tenho tantas saudades tuas? Será que escuto sílabas desconexas e será apenas lógico assumir que juntas estarão muito próximas do meu nome?
Será pois que faz tanto sentido quanto isso, chamares-me agora que já desisti de nós? E tu, há quanto tempo desististe de ti próprio?
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