quarta-feira, 14 de abril de 2010

Quando não és tu...

Magoas-me. Magoas-me sempre que não és tu. E eu amo-te, amo-te a ti. Mais do que imaginas, mais ainda do que te mostro - E eu tento sempre mostrar-te tanta coisa...
Quando não és tu, odeio-te. Com a força de mil ódios dispersos, lúgubres, detestáveis, odeio-te porque quando não és tu, nunca sei quando vais voltar para mim.
Quando não és tu, mais vale estar sozinha, mais vale viver a minha vida sem olhar para trás, quando não és tu pergunto-me... Pergunto-me se valerá a pena, se conseguiria afastar-me de ti quando não és tu, mas e depois?
Quando és tu quero abraçar-te, cuidar de ti, dizer que vai correr tudo bem. Quero aninhar-me em ti e deixar as horas passar. Quando és tu, é tudo simples e fácil e fazes-me a pessoa mais feliz do mundo. E quero dar-te tudo, e quero ser para ti o melhor que conseguir ser. Quando és tu, esqueço-me sempre que podes deixar de o ser a qualquer momento, e entrego-me, e dou-me, e anseio por mais e mais e mais.
Quando não és tu, dói-me. Quando não és tu, tenho medo de falar, de gritar, de chorar, porque não te conheço. Onde foste? Volta! Por favor, volta! Quando não és tu, não és mesmo tu - E tenho tantas saudades tuas...
Preciso de ti - Não de ti quando não és tu, mas de ti quando me amas e cuidas de mim e não me queres deixar fugir porque já não sabes ser, sem mim. Não sabes ser tu.
Então vem ter comigo, podemos fugir os dois, juntos, podemos fugir e deixar para sempre esse tu que não és tu e que nunca poderá destruir-nos a nós que somos nós, que somos tanto, que somos tudo...

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