domingo, 15 de abril de 2007

Divagações...


Fotografia por Lizenor Dias de Carvalho Junior, « cadeado do tempo»
Apeteceu-me escrever... Sobre o quê, não sei ao certo, embora - Verdade seja dita! - ao teres sido maioritariamente tu a ocupar-me a cabeça nos últimos tempos, não haja grande escolha, não é verdade?
Mas o que é engraçado é - longe de tomar-te como certo! - cada vez penso menos neste "nós", menos assustada me sinto com a ideia - mas mais me irrita o não ter sido sempre totalmente sincera contigo, desde que te conheci. Desculpa. Se eu disser que faz parte da minha natureza não é verdade, pelo menos dizem que as crianças têm aquele dom da sinceridae, eu decerto também o terei tido, mas infelizmente (?) cresci e apercebi-me que nem tudo é tão linear quanto isso. Por vezes pergunto-me se cheguei a ser tão criança quanto isso... Não me recordo.
Devo dizer que essa falta de sinceridade, seja ou não uma coisa má, é algo que me incomoda já há muito tempo, mas só tu me fizeste perceber que a possibilidade de mudar está muito mais tangível que o que poderia parecer à primeira vista (ou segunda, ou terceira...)... Mas nem por isso se torna mais fácil.
O que te tentei explicar é que por vezes nem eu sei se estou a ser sincera, se estou a ser Eu, talvez não acredites!, mas não me conheço tão bem quanto isso. Estive tão empenhada ao longo de todo este tempo a construir toda uma pessoa diferente de mim... Que se torna complicado distingui-las... (A tal "esquizofrenia"...) Tudo isto foi escolha minha, e estive mais ou menos confortável até tu apareceres. E me mostrares que podia estar melhor. A questão é... Será que consigo? Será que não é demasiado arriscado? Será que não estarei de novo a fazer a escolha errada?
Não sei...
Jã não sei nada e a vida não vem com um manual de instruções, já sei que não posso planear, calcular, mas não podia sequer prever um bocadinho disto tudo? Só queria ter tido uma pistazinha... Para me poder ter "preparado" melhor para a tua presença (algo drástico, não achas? Enfim...). Para não me apanhares assim tanto de surpresa.
Não sei como terminar isto, não me ocorre nenhuma frase pomposa, nenhuma citação deveras «cliché» como (se formos BEM a ver) são tantas as coisas que dizemos ou fazemos (não vou referir sequer um determinado dueto ao pé do casal simpatico no centro comercial...).
Por hoje, é tudo. Tudo o que consigo escrever. Sinceridade? Em absoluto... Acredites ou não! Pelo menos, deixa-me a mim acreditar nisso...

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