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Quem diria que esta música acabaria por significar tanto? Quem diria, quando ma "cantaste" ao ouvido, que irias ser tu a entrar por engano, que te tornarias algo extremamente pesado e doloroso num passado que me prende de uma maneira tão mortífera. (Incrivelmente)Ainda à espera que o medo se vá embora... À espera de quem não chega, à espera de quem já não vem...“Quantas vezes vais olhar p’ra trás? Estás preso a um passado que pesou... Quantas vezes vais ser tu capaz de fazer sair que por engano entrou? Abre a tua porta, não tenhas medo, tens o mundo inteiro à espera p’ra entrar...”
Guardo de ti os momentos mais românticos e as palavras mais doces da minha vida. Guardo bem dentro aqueles olhares que me dirigias, a cada momento, guardo a tua mão na minha sempre que podias (e mesmo quando não podias).
Guardo sim as mensagens e as imagens que me mandaste, sei que não devia guardar. Já me disseram, já me disse eu nos momentos mais lúcidos. Mas sei que nunca conseguiria ficar também sem isso.
Guardo a ideia ou a ilusão de que nunca deixaste de gostar de mim.
Guardo de uma maneira quase masoquista as tuas frases que sempre soube serem surrealmente prometedoras “enquanto tiveres um lugar para mim no teu coração”e “hoje pedi um desejo a uma estrela”...
Guardo sim as mensagens e as imagens que me mandaste, sei que não devia guardar. Já me disseram, já me disse eu nos momentos mais lúcidos. Mas sei que nunca conseguiria ficar também sem isso.
Guardo a ideia ou a ilusão de que nunca deixaste de gostar de mim.
Guardo de uma maneira quase masoquista as tuas frases que sempre soube serem surrealmente prometedoras “enquanto tiveres um lugar para mim no teu coração”e “hoje pedi um desejo a uma estrela”...
Guardo este desenho na parede do meu quarto, este que pintei, desenhei, sempre a pensar em ti, o telemóvel ao meu lado enquanto me ias enviando mensagens, o alento que me trouxe a tua voz, a alegria extrema, olho para ele e quase sinto de novo a alegria que me ofereceste, que eu não acreditava poder sentir. Quase. Este desenho que me grita amor e paixão, alegria, loucura desmedida. Grita-me tudo isso e eu não quero ouvir (E dói demais ouvir).
Guardo já de maneira muito indistinta a tua voz carinhosa, ao lado a tua voz aborrecida, ao colo a tua voz envergonhada...
Não perdôo o quanto sofri por ti. Não me perdôo por ter acreditado em tudo o que dizias (não tudo, claro. Mas sempre achei que em relação ao que realmente importava, não havia razão para me mentires). O meu erro? Não sei qual terá sido. No passado sim, cometi bastantes, e só se esses voltaram para me assombrar. Mas fui então condenada por um erro pelo qual já paguei? Com o qual já aprendi (Bem mais do que gostaria)? - E que, verdade seja dita, não teve rigorosamente nada a ver contigo - Onde está a justiça? E o teu erro? Qual terá sido?
Tudo isto são perdões e desculpas que não poderão nunca ser concedidos, os erros não foram meus, não foram teus. (Será que se podem chamar de erros, de todo? Foram... Situações que ocorreram). Não querendo com tudo isto dizer... Que tudo o que fizeste não te tornou num ser humano desprezível... Mas o facto é que também eu fiz coisas de que não me orgulho. Simplesmente, não contigo. Nunca contigo. Felizmente, não me fizeste arrepender de nada – Mesmo que, de uma forma ou de outra, tenhas tentado.
Mudaste a minha vida de formas que só eu sei – E tento esquecer. Um dia serás recordação difusa, relembrar-te-ei apenas através das lembranças tácteis que me restarão... Amei-te (amo-te) como nunca amei ninguém, sem razões nenhumas. Sem pensar. Sem motivos. Sem querer? Talvez não. Talvez quisesse desesperadamente sentir algo por alguém, e apareceste tu. Talvez. E eu sem imaginar que sentiria algo tão forte... Que isso que senti existia sequer.
Mais que tudo, guardo de ti esse sentir. Pelo menos tento guardar, com todas as minhas forças, mas ao invés o que fica é um seu pálido reflexo. Lembro-me como me senti. Lembro-me, já não sei.
Guardo de ti... Em suma, tudo o que posso. Guardo de ti os mais pequenos detalhes que se me escapam entre as nesgas da memória, aperto-os de encontro a mim até mesmo assim se desvanecerem também, guardo tudo isso junto e tento fechar a sete, a mil, a um milhão de chaves, escondo-as em sítios completamente improváveis, tento jogar comigo mesma... Mas acabo sempre por saber onde estão, e logo as colecciono, para quase sem forças rever o pouco que me deixaste.
Guardo de ti (não propositadamente, claro) as facturas de todo o chocolate que comprei para saciar sabia lá eu o quê, guardo o momento em que me apercebi que mesmo apesar de tudo isso as pessoas se dirigiam a mim e notavam que estava a emagrecer. Provocaste mudanças tão profundas em mim que elas afectaram a minha forma física, consumiste-me de uma maneira indescritível – Será que imaginas sequer isto? E de repente nem isso é importante...
Guardo de ti a fotografia francamente ridícula do boneco de neve que baptizaste como nosso, juntamente com aquela em que não se nota que és tu, e a outra em que talvez parecesses tu num dia estranho se eu apenas me lembrasse como tu és...
Sim, guardo a confusão extrema, que se enrodilhou à volta da tua imagem, essa permanece, essa estará sempre ali. Um ponto de interrogação gigante a que ainda não consigo ficar indiferente, que me perturba, que me intriga.
Guardo a noção extremamente lúcida de que o melhor será esquecer-te definitivamente e que tudo o que me trarás daqui para a frente não será nada para além de dor e sofrimento – que nem o teu sorriso conseguirá apaziguar, nem sequer por momentos. Guardo a ideia de que até mesmo esse “guardar” será muito doloroso. Que não o devia fazer.
Guardo de ti uma impressão esquisita no fundo do estômago cada vez que oiço «aquela» música (e, descobri há pouco tempo, «aquela» voz). Um «baque» que me irrompe pelo peito e não me deixa respirar normalmente, mas que ninguém nota, ninguém vê, ninguém sente. Só eu.
Assim, guardo-te como me dá mais jeito enfim, guardo-te muito provavelmente não como és na realidade mas como foste para mim. Um teu “Eu” especial que só me mostraste a mim – Real ou não. E se foste real apenas por momentos... Ao menos ofereceste-os a mim, e guardo-te assim - como te ofereceste. Sem tirar nem pôr. Relembrando-te sempre possessivo e ciumento. Complexo demais. Romântico demais.
Guardo de ti a convicção que me amaste também, e sei que já o disse, mas di-lo-ei, uma e outra vez, provavelmente por toda a minha vida, até que um dia tenhas a coragem para me contradizer.
Guardo tudo isto de ti, e descubro que não chega.
Não chega ter de olhar para trás ou para dentro ou para outro local qualquer quando quero sentir-me mais motivada, mais feliz, menos descontente com a vida. Não quero guardar os episódios que me fizeram tão bem, quero esses momentos no meu presente, queria-te a ti como me lembro que eras e noto a impossibilidade desse acontecimento porque tu, como eu te recordo, não existes, não és. Talvez nunca tenhas sido, e certamente nunca mais existirás, mesmo que eu tenha estado certa este tempo todo. Nunca mais serás, para além da memória que eu insisto em reter, mais do que um hipócrita, um cobarde, imaturo, superficial.
Por isso mesmo, abraço a recordação que tenho de ti, para não sentir uma dor tão forte como se me apercebesse que o meu amor não existe. Que foi uma ilusão. Na minha mente estás de alguma forma vivo, real, aqui, tão perto de mim, e amas-me. E eu acredito que, de alguma forma, nunca vou deixar de te amar. Tu, que nunca mais existirás, o vazio à minha volta, dentro de mim preenches-me, tu. Eternamente, tu.
Guardo já de maneira muito indistinta a tua voz carinhosa, ao lado a tua voz aborrecida, ao colo a tua voz envergonhada...
Não perdôo o quanto sofri por ti. Não me perdôo por ter acreditado em tudo o que dizias (não tudo, claro. Mas sempre achei que em relação ao que realmente importava, não havia razão para me mentires). O meu erro? Não sei qual terá sido. No passado sim, cometi bastantes, e só se esses voltaram para me assombrar. Mas fui então condenada por um erro pelo qual já paguei? Com o qual já aprendi (Bem mais do que gostaria)? - E que, verdade seja dita, não teve rigorosamente nada a ver contigo - Onde está a justiça? E o teu erro? Qual terá sido?
Tudo isto são perdões e desculpas que não poderão nunca ser concedidos, os erros não foram meus, não foram teus. (Será que se podem chamar de erros, de todo? Foram... Situações que ocorreram). Não querendo com tudo isto dizer... Que tudo o que fizeste não te tornou num ser humano desprezível... Mas o facto é que também eu fiz coisas de que não me orgulho. Simplesmente, não contigo. Nunca contigo. Felizmente, não me fizeste arrepender de nada – Mesmo que, de uma forma ou de outra, tenhas tentado.
Mudaste a minha vida de formas que só eu sei – E tento esquecer. Um dia serás recordação difusa, relembrar-te-ei apenas através das lembranças tácteis que me restarão... Amei-te (amo-te) como nunca amei ninguém, sem razões nenhumas. Sem pensar. Sem motivos. Sem querer? Talvez não. Talvez quisesse desesperadamente sentir algo por alguém, e apareceste tu. Talvez. E eu sem imaginar que sentiria algo tão forte... Que isso que senti existia sequer.
Mais que tudo, guardo de ti esse sentir. Pelo menos tento guardar, com todas as minhas forças, mas ao invés o que fica é um seu pálido reflexo. Lembro-me como me senti. Lembro-me, já não sei.
Guardo de ti... Em suma, tudo o que posso. Guardo de ti os mais pequenos detalhes que se me escapam entre as nesgas da memória, aperto-os de encontro a mim até mesmo assim se desvanecerem também, guardo tudo isso junto e tento fechar a sete, a mil, a um milhão de chaves, escondo-as em sítios completamente improváveis, tento jogar comigo mesma... Mas acabo sempre por saber onde estão, e logo as colecciono, para quase sem forças rever o pouco que me deixaste.
Guardo de ti (não propositadamente, claro) as facturas de todo o chocolate que comprei para saciar sabia lá eu o quê, guardo o momento em que me apercebi que mesmo apesar de tudo isso as pessoas se dirigiam a mim e notavam que estava a emagrecer. Provocaste mudanças tão profundas em mim que elas afectaram a minha forma física, consumiste-me de uma maneira indescritível – Será que imaginas sequer isto? E de repente nem isso é importante...
Guardo de ti a fotografia francamente ridícula do boneco de neve que baptizaste como nosso, juntamente com aquela em que não se nota que és tu, e a outra em que talvez parecesses tu num dia estranho se eu apenas me lembrasse como tu és...
Sim, guardo a confusão extrema, que se enrodilhou à volta da tua imagem, essa permanece, essa estará sempre ali. Um ponto de interrogação gigante a que ainda não consigo ficar indiferente, que me perturba, que me intriga.
Guardo a noção extremamente lúcida de que o melhor será esquecer-te definitivamente e que tudo o que me trarás daqui para a frente não será nada para além de dor e sofrimento – que nem o teu sorriso conseguirá apaziguar, nem sequer por momentos. Guardo a ideia de que até mesmo esse “guardar” será muito doloroso. Que não o devia fazer.
Guardo de ti uma impressão esquisita no fundo do estômago cada vez que oiço «aquela» música (e, descobri há pouco tempo, «aquela» voz). Um «baque» que me irrompe pelo peito e não me deixa respirar normalmente, mas que ninguém nota, ninguém vê, ninguém sente. Só eu.
Assim, guardo-te como me dá mais jeito enfim, guardo-te muito provavelmente não como és na realidade mas como foste para mim. Um teu “Eu” especial que só me mostraste a mim – Real ou não. E se foste real apenas por momentos... Ao menos ofereceste-os a mim, e guardo-te assim - como te ofereceste. Sem tirar nem pôr. Relembrando-te sempre possessivo e ciumento. Complexo demais. Romântico demais.
Guardo de ti a convicção que me amaste também, e sei que já o disse, mas di-lo-ei, uma e outra vez, provavelmente por toda a minha vida, até que um dia tenhas a coragem para me contradizer.
Guardo tudo isto de ti, e descubro que não chega.
Não chega ter de olhar para trás ou para dentro ou para outro local qualquer quando quero sentir-me mais motivada, mais feliz, menos descontente com a vida. Não quero guardar os episódios que me fizeram tão bem, quero esses momentos no meu presente, queria-te a ti como me lembro que eras e noto a impossibilidade desse acontecimento porque tu, como eu te recordo, não existes, não és. Talvez nunca tenhas sido, e certamente nunca mais existirás, mesmo que eu tenha estado certa este tempo todo. Nunca mais serás, para além da memória que eu insisto em reter, mais do que um hipócrita, um cobarde, imaturo, superficial.
Por isso mesmo, abraço a recordação que tenho de ti, para não sentir uma dor tão forte como se me apercebesse que o meu amor não existe. Que foi uma ilusão. Na minha mente estás de alguma forma vivo, real, aqui, tão perto de mim, e amas-me. E eu acredito que, de alguma forma, nunca vou deixar de te amar. Tu, que nunca mais existirás, o vazio à minha volta, dentro de mim preenches-me, tu. Eternamente, tu.
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