terça-feira, 24 de maio de 2011

Here we go again...

Estou há tanto tempo à deriva. Já tive tantas certezas, como é que as perdi mais uma vez? Quem poderia adivinhar que a minha vida ia ser virada do avesso uma vez mais, e que ia demorar tanto tempo a voltar a orientar-me? Não estava a contar estar sozinha outra vez nisto... Recostei-me e voltei a confiar que não precisava de resolver tudo assim, cada dia mais longo que o anterior, cada peso multiplicado por dois, três, cada vez mais... Vou voltar a acreditar que desta vez vai ser diferente, e que vou voltar a ganhar tudo o perdi - espero que, temporariamente. Esperar que até à próxima, faltem, pelo menos, uns bons meses... E ganhar juízo até lá. Tranquilidade q.b. Alguma sabedoria seria sem dúvida bem vinda. E mais que tudo isso... A felicidade que tinha demorado tanto a encontrar e afinal estava ali mesmo, à mão de semear, nas coisas mais pequenas de todas...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Circunstancial... E temporária

É bom estar-se sozinho. É bom não termos de nos preocupar com mais ninguém para além de nós próprios, é bom poder cometer erros e fazer o que quisermos sem consequências para outras pessoas, para além de nós próprios. É bom não discutir, é bom não sofrer e estar dependente de outra pessoa para estarmos, ou sermos, felizes.
É bom tomarmos decisões por nós e por tudo o que é importante para nós, seguir em frente e ser sempre tudo uma aventura, podermos começar do zero quando e onde quisermos, no strings attached, no questions asked.
É bom, é optimo estar-se sozinho, sem complicações, sem dores de cabeça, sem chatices, sem discussões... Partilhar apenas o necessário e conveniente, deixar feridas, mágoas e desilusões para trás, como se deixassem de existir.
E ontem, enquanto olhava para a Avenida da Liberdade no miradouro de São Pedro, pensei - Não, não quero estar sozinha para sempre...
Ontem pensei, que estou cansada de histórias a curto prazo, da tal frieza de robô, da total falta de envolvimento, eu quero, eu queria alguém que se preocupasse. Alguém que quisesse saber se cheguei bem a casa. Que nota se estiver triste, que me agarra a mão, que me dá um beijo na testa e me abraça... Alguém que se eu precisar de algo, possa dizê-lo sem medo, alguém que possa abraçar, e eu sinto tanta falta de um abraço.
Alguém que me dá valor e veja tudo o que eu sei e tudo o que eu não sei que posso ser...
Estou cansada de obrigar-me a não sentir, a não estar, a não ser... Nada, para além de passageiro, leve, circunstancial, à distância de um telefonema. Prático, é certo. Seguro, talvez. Mas, durante quanto mais tempo é que vou conseguir suportar - obrigar-me - todos os dias, a deixar de sentir?

sábado, 14 de maio de 2011

O que pensas que estás a fazer?  Pára. 
(Só estou contigo porque não tenho medo de sentir a tua falta!)
Não me faças habituar a ti...